Carnaval

No sábado de Carnaval, fui à tia.
A Luísa e o Filipe iam lá estar. A alternativa era ir dançar, mas a companhia e o ambiente não são nem parecidos.
Neste meio, os preconceitos ficam do lado de fora e cada um pode ser aquilo que na realidade é, sem necessidade de capas nem disfarces.
A tia é um meio de tertúlia em que se junta um pouco de tudo.
No início era um grupo de amigos que fazia almoços, depois passou a estender-se pela noite dentro com alguns espectáculos de gays.
E nestas coisas de Carnaval, os gays são espectaculares! Ainda por cima muitos deles ligados a artes, vestuário e cabeleireiro. Ia ser divertido, por isso nem pensei segunda vez.
Não sabia quem ia mais, mas a meio da tarde, a Luísa ligou-me para cuscar. Ia um, e mais outro e mais outro casal e mais alguém que eu devia conhecer mas não me lembrava e ... o  Jaime também ia. Tinha adiado a ida para casa e ficava para a noite de sábado, também queria conhecer.
Cheguei lá pelas 10 da noite, já tinham acabado de jantar.
Alguns lembrava-me, doutros nem por isso. Outros lembravam-se de mim.
Conversámos um pouco e começou o espectáculo.
A tia como sempre fez alguma parte do espectáculo e depois o concurso de máscaras.
Algumas espectaculares, sem comparação com a maioria do que se vê nas festas de Carnaval. Ainda há quem não goste deste tipo de pessoas!
 Duas matronas começaram a "discutir":
- Ai filha, não me toques!
- Não me estragues os brilhantes que isto foi comprado na feira de Carcavelos
- Ai cuidado com as minhas mamas que me estão a aleijar
- Ai estes brilhantes que me arrepanham a pele
Lindo, não havia quem pudesse ficar sem se rir até não poder mais.
O finalista foi um fato feito pelo próprio apenas com embalagens de vinho!
Parabéns, estava simplesmente excepcional!

Rimos brincámos, divertimo-nos.

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