1, 2, 3, 4… e 5


Depois de dias de trabalho intenso finalmente o Jaime conseguiu libertar-se.
Eramos para ir para a praia à tarde, mas afinal o trabalho tem surpresas e teve de ir para Faro. Chegou já passava da uma da manhã. Eu tinha conseguido adiantar todo o meu trabalho para ter a 6ª feira livre.
Fui a Lisboa, tratei de coisas pessoais, e acima de tudo deixei todo o trabalho em dia, isto é, o que tem “data marcada”, porque trabalho é de certeza fêmea, pelo menos nas minhas mãos – nasce e reproduz-se a uma velocidade inacreditável, mesmo em épocas de maior calma.
O Nuts, fez como sempre uma festa enorme, saltou, pulou, pediu festas, tudo a que um cão mimado acha que tem direito.
É muito pouco normal que ele tenha este tipo de reações com qualquer pessoa. Normalmente é extremamente possessivo, pois está habituado a estar sozinho comigo. Mas com o Jaime é diferente, obedece-lhe por vezes melhor que a mim.
Acabámos por nos sentar um pouco no sofá a conversar. O Nuts também! Como não podia deixar de ser, numa primeira fase sempre se senta no meio dos dois, até que tem a sua dose de festas e mimos. Depois torna-se um cão perfeitamente normal, regressa ao seu canto no sofá e não volta a incomodar.
E desta vez assim foi mais uma vez.
Acabámos por ir para a cama, estávamos cansados, mas não o suficiente para dormir.
Começámos a acariciar-nos, estava frio e os lençóis também estavam frios. Tapámo-nos para aquecer um pouco, mas os lençóis não estavam quietos. Havia muita movimentação por baixo, ao ponto do Nuts ter vindo verificar.
Tivemos de o mandar para a cadeira dele.
Sim, é isso mesmo. No quarto estão duas cadeiras bem confortáveis. Uma delas foi nacionalizada por ele. Desde que a cadeira existe e sempre que eu esteja nas imediações, deita-se lá. Acabei por as por no quarto e agora uma delas é a cama dele. Quando acha que é hora de dormir, vai para a cadeira e põe-se a dar voltas até que eu o tapo com a manta. Fica todo tapado, nem o nariz fica de fora. E assim dorme tranquilamente toda a noite.
O Jaime acha graça, podemos foder, virar a cama do avesso, tomar banho, desde que não se abra a porta da cozinha, não ouvimos mais o cão.
Provavelmente na primeira vez achou estranho, mas depressa se habituou a esta forma de estar do Nuts, tem de estar perto de mim, com o seu instinto protetor. Se percebe que eu estou bem, não incomoda mais.
E assim continuámos aquilo que já tínhamos começado, como sempre que podemos fazemos.
Tinha de fazê-lo ter mais de um orgasmo, estava com um tesão do caraças…
Penetrou-me toda, fodeu-me com toda a sensualidade, com muito prazer.
Tive um primeiro orgasmo, deixei-o todo molhado… Ouvia-se choc.. choc… choc, quando nos mexíamos, eu sentia a cona toda inundada, que sensação de prazer boa, como é possível que haja quem não seja capaz de ter prazer no sexo!
Sentei-me em posição reversa, foi o Jaime que me pediu, gosta de sentir o me rabo, de o apalpar, diz que sente os músculos e isso o excita. Eu excito-me só de o ouvir dizer…
Estava muito excitada, muito molhada, com muito tesão. Encaminhei a picha dele para o meu ânus.
Fizemos sexo anal, sentou-me e acariciou o clitóris, que sensação, estava ao rubro, provoquei-o ainda mais, que bom! Senti o pénis e engrossar, estava quase a ter um orgasmo.
Quando conhecemos o homem com quem estamos por vezes conseguimos perceber estes momentos, muito ténues, mas muito importantes.
Resolvi parar, não sabia se ele queria ter um orgasmo nesse momento.
E voltei a uma posição de frente, sentada em cima dele, e vim-me, ele também.
Mas não estava satisfeita, queria mais, afinal já não fodiamos à dois dias, mais de 48 horas, tínhamos de recuperar.
Apetecia-me fazê-lo ter outro orgasmo, mas sabia que não ia ser fácil, pelo menos assim pensei.
Resolvi tentar, fiz-lhe um broche, voltou a levantar. Afinal ainda estava vivo e pareceu-me que pronto para mais uma.
Lambi o pénis, os testículos, o corpo, beijei-o, acariciei-o, estava outra vez em ponto de rebuçado, pelo menos eu, tinha de continuar. Mesmo que ele não tivesse um orgasmo eu ia ter de certeza.
Senti-me contrair a vagina, estava no meu ponto de rebuçado. Continuei…
De repente, sinto o pénis a estremecer, apertei ainda mais com a minha vagina, estávamos no momento que eu queria, encharcados, cansados, mas satisfeitos, cheios de prazer.
Acabámos por adormecer agarrados um ao outro, o dia seguinte ia ser ainda mais intenso, não imaginávamos o quanto.

(esta parte terá de ler no livro)

E assim se contaram 5 orgasmos do Jaime numa só noite!


Uma tarde no 19


Eram pouco mais de 2 da tarde quando me veio buscar.
Mais uma vez fomos até ao 19. Nesta altura do ano, está pouca gente na praia e o dia estava lindo, apenas uma ligeira brisa.
Sentámo-nos na esplanada da praia a beber um café e conversar um pouco. Estava pouca gente na praia e decidimos ir andar um pouco à beira-mar. Já tínhamos trocado várias carícias e beijos, havia alguns assuntos pendentes desde sábado, depois da intensa troca de mensagens e provocações da noite.
Descalcei-me e fomos andar em direcção à Fonte da Telha.
Comentámos um pouco a existência de muitos homens nas dunas, o que fariam, qual o motivo.
Muitos são gays, geralmente acompanhados, outros são voyeurs, mas não conseguimos perceber exactamente o que se passa nas dunas.
Andamos mais de 500 metros pela borda da água, até que parámos e beijamo-nos uma primeira vez. Olhámos para as dunas e viam-se demasiados homens. Resolvemos continuar.
Comentei que um dos sítios onde me dá mais pica fazer sexo é a praia. O Jaime também…
O barulho das ondas, a brisa, o calor, o céu, tudo potencia a nossa líbido.

(esta parte terá de ler no livro) 

Resolvemos regressar. Afinal não precisamos de nos esconder de ninguém, temos onde estar quando queremos sem ninguém nos incomodar.
Viemos calmamente pela areia em direcção ao 19. O dito cujo sempre atrás de nós que nem cão de fila.
Já relativamente perto do bar da praia, subiu até às dunas e conversou um pouco com outo homem que lá estava. Pensámos que finalmente tinha desistido, mas estávamos enganados.
Enquanto nós viemos pelo caminho normal, fez corta-mato pelas dunas. Cruzou-se connosco junto à linha do transpraia.
Dirigimo-nos para o carro. Pelo canto do olho, vimos que se tinha metido num carro vermelho e posto o motor a trabalhar.
Arrancámos em direcção a casa.
O estúpido do homem veio atrás de nós,

(esta parte terá de ler no livro) 

A festa


Tocaram à porta, era a Luísa e o Filipe, vinham com o Raul. Nem 10 segundos depois chegou o Jaime.
Sentámo-nos um pouco, não sem antes beijar o Jaime, estava cheia de saudades, falamos imensas vezes ao telefone, mas estar juntos é completamente diferente.
Tocaram de novo à porta, desta vez a Fernanda e o Prates.
Sentámo-nos na sala, ainda faltava gente, era cedo, faltava ambiente.
Começámos a contar as histórias da semana e do que faríamos no resto do fim-de-semana, que ainda agora estava a começar, eram pouco mais de 10 da noite.
Chegou a Carla e o Cristiano, pouco depois a Zé e o Tiago.
O telefone da Luísa, que nunca o abandona tocou. Era a Marília e o Abílio. Queriam saber se estávamos no clube. Pois, não era dia de clube, mas como há sempre lugar para mais uns quando vale a pena, expliquei como chegavam a minha casa.
Estava a compor-se o ambiente.
Chegámos à conclusão que não havia lugares suficientes para todos, lembrei-me que tinha as almofadas de um sofá antigo no quarto, fomos buscar e assim ficámos com umas almofadas no chão para o que desse e viesse.
A Carla trazia um vestido vermelho com um chapéu preto. O Jaime proibiu-a de tirar o chapéu, tinha de a foder de chapéu, estava provocante….
Estávamos as duas sentadas ao colo do Jaime, ou pelo menos muito perto dele. Perguntou-me alguma coisa no seu meio anglo-português. Não percebi o que queria dizer, nem eu nem o Jaime. Acabámos por perceber depois de algum esforço, e acabei por ir buscar gel para uma massagem erótica. Pensei que era para o Jaime, mas enganei-me. Assim que desci a escada, começou a despir-me, ok, eu alinhava…
Deitei-me e besuntou-me com óleo 



(esta parte terá de ler no livro) 

Uma festa privada, os preparativos


Eu e aLuísa falámos de manhã, será que se tinha lembrado de falar com a Nara?
Respondeu-me por sms
SMS de Luisa  07:42:37 
Enviei agora mensagem.........ups esqueci-me de enviar ontem.......lool quando eles responderem eu digo te
O chocolate tinha ficado de confirmar se se livrava do casal com quem tinham combinado ir a um clube
SMS de chocolate 11:30:57
Bom dia meus lindos. Tudo bem? Nos não podemos ir desta vez. Mas desde já agradece-mos o convite, e numa próxima iremos de muito bom gosto. Beijos e abraços.

Ora bolas, tínhamos uma baixa…. Mas tudo se havia de compor.
Trabalhei tudo de seguida para me libertar de dores de cabeça e possíveis embrulhadas. Acabei por volta da hora de almoço.
O Jaime ligou-me estava em Amsterdão, ia visitar a Red light district, tinha o resto da tarde livre e já lá não ia à alguns anos. Tinha dispensado o motorista para poder andar à vontade.
Começámos a desconversar, sugeri-lhe que não gastasse as energias todas, pois ia precisar delas à noite.
Algum tempo depois voltou a ligar-me, Red light district já não é o que era, agora em vez de porta sim, porta sim, aliás montra sim, montra sim, com meninas, mais de metade são criadores de moda, estava desiludido. Já estava no aeroporto, quase pronto para embarcar, quase de regresso, já não nos víamos desde a noite de 4ª feira, na 5ª tinha partido inesperadamente para a Holanda. Quase dois dias, demasiado tempo para uma amizade colorida tão recente.
Amizade colorida? Namoro? Paixão? Amizade? Não sei como batizar, mas garantidamente um grande prazer de estarmos juntos.
Depois de um dia de grande azáfama,

(esta parte terá de ler no livro)  

Finalmente ia preparar-me para tomar o meu banho.
Toca de novo o telefone, o Jaime, como era possível, devia ser para me dizer que estava na Holanda, não podia acreditar.
Surpresa das surpresas, já estava em Lisboa, um amigo tinha-lhe dito que ao entrar no espaço aéreo português há um momento em que os telemóveis têm rede dentro do avião, tinha resolvido experimentar! Na verdade consegue-se ligar, mas a chamada cai assim que se atende.
Faltava pouco tempo para estarmos juntos e para a nossa festa privada.

Uma festa privada, a combinação

O  Jaime veio para Lisboa, desta vez fica mais de uma semana, se não houver nenhuma surpresa.
Queria despachar o meu trabalho todo até à hora de almoço. Eram para aí umas 3 horas quando finalmente consegui ter tempo e calma para ir beber um café.
Tinha acabado de desligar a máquina quando tocou o telefone
 - "Independent Street"
Tinha acabado de chegar ao início da minha rua, que bom!! Estava com saudades e apetecia-me ir apanhar ar, para começar. Afinal tinha o resto do dia livre, pelo menos um bom bocado.

(esta parte terá de ler no livro) 

Sentei-me em cima dele, de costas, e fodemos. Não sei quanto tempo, não tenho ideia, mas estava a ser muito bom. Tive outro orgasmo. Para minha surpresa, ele também. Uma pequena inundação, nada que a água não lave e o ar não seque.
Mas queríamos mais. Continuámos. Mesmo com os nossos mais de 50, ainda há capacidade para outro orgasmo. E assim foi, continuámos até que ele se veio. Senti-o. Também eu tive outro.
Estávamos cansados, e era preciso trabalhar um pouco.
Combinámos encontrar-nos à noite.
A Luísa e o Filipe vieram beber um café connosco.
Começámos a planear o fim-de-semana. Desta vez ficamos os dois por cá, vamos poder ficar juntos e planear com tempo.
Até aqui, com o meu companheiro com quem costumava sair, nunca foi possível planear nada como o fizemos desta vez.
Como sempre, voltaram a falar das festas em minha casa, com aqueles amigos que apenas aparecem quando tudo é à conta e não têm trabalho. Mas desses grupos, sempre há quem valha a pena manter, é o caso da Luísa e Filipe, que desde que nos conhecemos sempre se mostraram na sua verdadeira essência, sem subterfúgios nem disfarces, tão bons pela frente como por trás, uns verdadeiros amigos.
E com esta conversa, conseguiram convencer-me, em especial porque o  Jaime nunca esteve em nenhuma e acho que deveria gostar.
Restava combinar quem viria e o que se fazia.
E assim ficámos com 7 casais e um single masculino.
A ementa... sexo, sexo, sexo, .... e para retemperar as energias vai ser preciso ter alguma coisa para comer e beber.
Restava telefonar a todos, mas isso só no dia seguinte.
O  Jaime tem de ir para o estrangeiro mas vem ao fim do dia, e eu não me importo, trato da logística.
Este fim-de-semana vai ser de arrasar!

O caixote do lixo

No sábado estivemos na tia e como sempre, depois do jantar assistimos ao espectáculo. Para mim era a primeira vez que ali estava e não me estava a agradar muito a ideia de tanta gente liberal, completamente heterogénea nos seus pensamentos e atitudes, num espaço relativamente pequeno, onde confraternizam com a maior das cordialidades gays, lésbicas, swingers, transsexuais, sado-masoquistas e tudo o que possa passar pela cabeça. Mas o ambiente estava quente, estava com a libido bem alta, toda aquela movimentação não nos deixa indiferentes. Fomos para o quarto, estava escuro e para quem não conhecia qualquer canto poderia ser bom para por a roupa.
São peças que não fazem falta, a nudez dos corpos é importante, a escassez de pelos é fundamental.
Todas nós rapamos completamente os pelos púbicos, é bem mais higiénico além de que não incomodam. Descobri também que a sua ausência torna a zona púbica bem mais sensível, pois encontra-se completamente exposta ao contacto com qualquer coisa que possa se utilizado, seja num minete, numa foda, numa carícia, com um dildo....
A maioria dos homens também o faz, assim não corremos o risco de comer pelos durante um broche, nem gripar a engrenagem durante a penetração, em especial porque usamos sempre preservativos e a lubrificação natural é bem mais difícil.
Hoje em dia todos os clubes dispõem de preservativos quase que à discrição, para que nada nos falte!

(esta parte terá de ler no livro) 

Era uma boa oportunidade. e assim fodi também com o Filipe.
Três foi a conta que Deus fez, dizia a minha avó e eu estive quase a partir para a quarta, mas aquela interrupção tinha quebrado um pouco o ambiente.
Estávamos todos cansados, deitámo-nos todos e ficámos a conversar na cama. Eu tinha o Sérgio de um lado e o Jaime do outro, mas não me perguntem como, o Pedro também estava ao alcance.
Estas conversas de swinger têm sempre sexo à mistura e muito toque e carícia pelo meio.
Quando acabámos estávamos todos com fome e sede. O exercício físico cansa e é preciso repor energias.
A tia fez umas fabulosas tostas com que nos deliciámos, para terminar a noite.

Carnaval

No sábado de Carnaval, fui à tia.
A Luísa e o Filipe iam lá estar. A alternativa era ir dançar, mas a companhia e o ambiente não são nem parecidos.
Neste meio, os preconceitos ficam do lado de fora e cada um pode ser aquilo que na realidade é, sem necessidade de capas nem disfarces.
A tia é um meio de tertúlia em que se junta um pouco de tudo.
No início era um grupo de amigos que fazia almoços, depois passou a estender-se pela noite dentro com alguns espectáculos de gays.
E nestas coisas de Carnaval, os gays são espectaculares! Ainda por cima muitos deles ligados a artes, vestuário e cabeleireiro. Ia ser divertido, por isso nem pensei segunda vez.
Não sabia quem ia mais, mas a meio da tarde, a Luísa ligou-me para cuscar. Ia um, e mais outro e mais outro casal e mais alguém que eu devia conhecer mas não me lembrava e ... o  Jaime também ia. Tinha adiado a ida para casa e ficava para a noite de sábado, também queria conhecer.
Cheguei lá pelas 10 da noite, já tinham acabado de jantar.
Alguns lembrava-me, doutros nem por isso. Outros lembravam-se de mim.
Conversámos um pouco e começou o espectáculo.
A tia como sempre fez alguma parte do espectáculo e depois o concurso de máscaras.
Algumas espectaculares, sem comparação com a maioria do que se vê nas festas de Carnaval. Ainda há quem não goste deste tipo de pessoas!
 Duas matronas começaram a "discutir":
- Ai filha, não me toques!
- Não me estragues os brilhantes que isto foi comprado na feira de Carcavelos
- Ai cuidado com as minhas mamas que me estão a aleijar
- Ai estes brilhantes que me arrepanham a pele
Lindo, não havia quem pudesse ficar sem se rir até não poder mais.
O finalista foi um fato feito pelo próprio apenas com embalagens de vinho!
Parabéns, estava simplesmente excepcional!

Rimos brincámos, divertimo-nos.

Carinho e sensualidade

Voltámos a falar ao fim do dia, estava no futebol, tinha sido quase obrigado a ir com os amigos ver o SLB-FCP. Estava convencido que o seu clube do coração ia perder, mas não tinha conseguido esquivar-se.
Cá para mim, também tinha vontade de ir, afinal um jogo destes não é todos os dias.
Combinámos encontrarmo-nos assim que saísse da catedral. Ia buscar o carro e apanhava-me em Lisboa.
Pensámos levar a Luísa e o Filipe, mais uma vez para animar as mentes.
Liguei-lhes, combinei com eles e voltei a falar com o Jaime.
Às 11 nas Amoreiras. 
Tentei arrumar o carro, não consegui, tudo cheio, lembrei-me de outro sítio e lá consegui encontrar lugar.
Mas nem podia acreditar, o meu pendura acha que tem curso de arrumador de carros, só falta estender a mão para pedir uma moeda...
- Olha a árvore!
- Cuidado com o outro carro...
- Vê lá se tens espaço...
Não podia acreditar.
Cada vez que ele abria a boca, eu parava, estive para aí 5 minutos para arrumar o carro, entre o tempo que eu começava a mexer o carro e o tempo que ele demorava a calar-se.
Nada que não tivesse feito de uma só vez em menos de 10 segundos.
A Luísa ria-se e eu estava a dar-me vontade de o irritar.
Mandei-o sair do carro, mas não quis. Já não há respeito pela condutora!
O Jaime entretanto chegou e não percebeu nada.
O meu carro nem se arrumava, nem nós saíamos do carro, nem sequer saía do mesmo sítio.

(esta parte terá de ler no livro) 

Eu estava ao rubro desde o almoço, o  Jaime também.
Brincámos com a nossa troca de carícias por baixo da mesa.
Afinal a reunião com o amigo não tinha de ter sido àquela hora, podia ter sido mais tarde. Tínhamos desperdiçado uma oportunidade.
Apetecia-me pegar nele e subir as escadas, estava com vontade de foder, queria umas carícias, mas ainda era cedo. Entenda-se que este cedo não era para nós mas para o ambiente do clube. Para mim qualquer hora serve e mesmo qualquer sítio.
Deixei de o ver, não sei onde estava, mas estava fora do meu alcance. Será que tinha subido? Não me parecia. 
Encontrei-o sentado no mesmo sofá onde tínhamos estado a conversar no primeiro dia. Conversámos um pouco, agora já como dois amigos que se conhecem e que gostam um do outro. E claro, com umas trocas de carícias, beijos e provocações, como não podia deixar de ser.
Conversámos um pouco com uns e com outros, juntos ou separados, mas fui sempre mantendo o olhar no meu amigo, queria encontrar uma oportunidade de subir discretamente sem levar ninguém atrás.
Perguntei-lhe se queria estar com outros casais. Não, só queria estar comigo! Que bom, eu também queria estar só com ele! Ainda temos muito para nos conhecer. 
Estivemos um bocado na pista de dança. Provoquei-o, senti o seu caralho a crescer, a respiração de que está excitado. Mais uma vez estava muito excitada. 
Mas ainda era cedo, tínhamos muito tempo.
Passado algum tempo, olhamos para a lareira e estava um casal de sado-masoquistas que iam começar uma  "apresentação". Ele pegou na chibata e começou a bater-lhe.
Não, isso não é para mim.
Não critico, mas não sou obrigada a assistir.

(esta parte terá de ler no livro) 

Ouvi outro ruído, também metálico, desta vez por baixo de mim. Lá tínhamos estragado mais um bocado a cama. Mas isso não interessava para nada.... Continuávamos no mesmo sítio, a cama não se tinha partido totalmente.
Lá fora ouvíamos vozes, várias tentativas de abrir a porta, alguns chamavam mesmo pelos nomes, mas não me parece que tenham chamado por nós
E se chamaram eu não ouvi. A minha capacidade de abstracção é enorme, quando estou empenhada em alguma coisa, o mundo pode desabar que eu não me apercebo.
Muitas vezes se irritam comigo por isso, mas continuo a fazê-lo, na maioria das vezes inconscientemente, outras deliberadamente, quando preciso do meu retiro espiritual. 
E fodemos, .... fodemos, .... fodemos, .... tanto quanto nos apeteceu, até que já não dava mais e o Jaime esporrou-se ao mesmo que eu. 
Foi bom, mesmo muito bom. Sentir aquele liquido quente a entrar na minha cona, com pressão, com um estremecer do corpo muito suave, misturado com algumas palavras ternas... É demais mesmo para uma swinger, doente por sexo, com paixão pelos prazeres da vida.
Abrimos a porta, andávamos à procura da luz.

(esta parte terá de ler no livro) 

E assim ficámos bastante tempo, a esfregar-me nele, a sentir o caralho roçar no meu clitóris,  hummm sensação boa! 
O baunilha veio tentar alguma coisa 2 ou 3 vezes, o Filipe, andou a rondar, o RP veio tirar os copos e perguntar se era preciso ajuda, ...
Como eu gosto de os ver doidos!



Um almoço

O  Jaime ficou hoje por cá, tinha algumas coisas para tratar e resolveu juntar o útil ao agradável.
Convidou-me a mim e ao Filipe para almoçar.
Para isso foi preciso combinar e liguei ontem à Luísa para falar com o Filipe.
Claro está que ficou cheia de inveja...
- Pois, vocês vão almoçar e eu tenho que trabalhar, não há direito, isso não se faz
- Não te preocupes, eu trato dos dois, ficam os dois bem tratados
- Imagino, logo tu...
- Parece que não confias em mim :)
- Claro que confio, mas eu também quero ir :( Olha já agora, arranca o Filipe de casa para sair à noite.
- Combinado!!!
Mas não dava para ir connosco e nós estávamos dispostos a ir levantar a moral ao Filipe, que bem precisa.
Logo de seguida avisei o  Jaime que estava tudo combinado, por sms.
Ligou-me, tinha ido ao Centro Comercial buscar um fato que estava a limpar.
Estava desiludido com o jantar. O filho mais velho tinha dito que fazia o jantar para os três.
Mas como nem tudo é o que parece, "batido de atum para toda a gente".. traduzido na realidade do dia, pizza congelada e salada pré-feita.
Desilusão... Lá o convenci que uma salada faz sempre bem, já que precisa de emagrecer os tais dois enormes quilos de gordura.
E o que fazes, como fazes, alguma conversa casual, acabei por lhe propor vir dormir a minha casa.
Não dava :(, os filhos também precisam do pai e não ia ser fácil explicar que a noite em família ia ser convertida numa noite a dormir fora.
E aqui começam as nossas mentes perversas a imaginar o que poderíamos fazer.
Mas estávamos muito cansados. Viagens, trabalho, e fodas até às 2 da manhã nos dias anteriores.
Ficou para o dia seguinte.

(esta parte terá de ler no livro) 

Ligámos à Petra, será que vinham a Lisboa? E combinámos com eles logo no HCW.
O  Jaime veio trazer-me a casa. Que vontade que ele pudesse ficar, mas não dava mesmo.
Logo vamos continuar, sim que estas coisas não se podem deixar a meio e a vontade é mesmo muita.


800 kms

Por motivos de trabalho ontem tive de ir ao Algarve e o Jaime para o Norte, nada demais, não fossem as trocas de mensagens que aconteceram e as nossas maluqueiras.
Pois é, andei a passear um pouco pelo Sul, como muitos diriam, mas para mim não passa de mais uma viagem, kms e trabalho. Não me importo, gosto muito do que faço e por isso levo estas viagens com muita tranquilidade, embora normalmente chegue ao fim do dia, pronta para me deitar na cama de um qualquer quarto de hotel e não ouvir nada mais.
Ontem foi mais um desses dias, eram umas 6 horas quando cheguei ao hotel, tomei um banho e fui ver os mails, não sem antes ter pensado no que nos separava, quase 800 kms, trabalho e compromissos que não podem falhar.
Quando estava com os meus pensamentos nos 800 kms, tocou o telefone.
Falamos rimos e concluímos que afinal eram só 650, mas isso também não interessa. O que realmente nos interessava é que a distância era demasiada para que a pudéssemos encurtar e foder.
Apetecia-me, mesmo muito, mas não dava.
Mas mais uma vez, uma pequena surpresa, se tudo corresse bem no dia seguinte poderíamos encontrarmo-nos em Lisboa.
Eu regressava durante o dia e se tudo lhe corresse bem, também ele vinha para Lisboa.
Fiquei a fazer figas, acabámos por desligar o telefone e adormeci a pensar no dia seguinte.
Acordei algum tempo depois, já não saí para jantar, estava cansada, queria que tudo nos corresse bem para podermos estar juntos de novo.
Acabei por escrever mais umas linhas destas minhas histórias e adormeci, vencida pelo cansaço.
No dia seguinte de manhã, depois de tomar o pequeno-almoço, quando cheguei ao quarto do hotel, tinha uma mensagem.
7:59 Só para dizer Bom Dia. Um BEIJO
8:13 Bjhs para ti também, só me apetece chorar, tenho a cara toda rebentada por ter estado com febre
8:21 Logo já estás bem, são erupções da epiderme que aparecem no rosto e mucosa labial
E se o meu médico o diz, como posso eu duvidar! Na verdade eu sei que ele tem razão, mas isto de fazer diagnóstico por sms não é para todos!
Ainda antes de entrar no primeiro cliente, ligou-me. Não tenham ideias parvas, são mesmo clientes de empresas com que trabalho e com quem apenas mantenho uma relação estritamente profissional. Se bem que por vezes fico a questionar-me se alguns não seriam uma boa aquisição para o nosso meio.
Tranquilizou-me que não me preocupasse, que isso não fazia diferença, que não ia impedir nada, adora beijar uns lábios grossos!
E assim começamos o nosso dia de trabalho, cada um na sua ponta de Portugal.
Corri tanto quanto pude, sem descurar o trabalho e a qualidade que exijo a todos e ainda mais a mim mesma, para que nada corresse mal e pudesse regressar a Lisboa.
Despachei-me cedo, era hora do almoço e acabei por ir comer uma sandes, não me apetecia almoçar. Resolvi meter-me com o  Jaime, sempre queria saber se vinha para Lisboa como tinha dito que ia tentar.
14:26 Em Aljustrel a comer uma sandocha de queijo alentejano, é servido?
15:23 Sou servido de queijo e de … !
15:54 O queijo vai ser difícil, além de que não era grande coisa, o resto… Claro!!!
16:03 Já estou excitado!
16:09 Desde que não te antecipes, já estou em Palmela
16:25 Ainda estou no Norte, mas vou hoje para Lisboa.
Isto de trocar sms enquanto se trabalha, opera,conduz e trabalha, não é fácil, mas é interessante.
Fiquei toda contente, afinal ainda nos íamos ver. Tinha de chegar a casa, brincar com o meu cão um bocadito e arrumar a casa. Sim, pois é, infelizmente ela não se arruma sozinha e com as saídas e noitadas do fim de semana, mais a constipação, tinha-a deixado num estado nada aconselhável para receber alguém e muito menos o Jaime.
Despachei-me finalmente. Estava na hora de cuidar um pouco de mim. Para começar um belo duche, depois, creme no corpo e perfume.
E o que ia vestir? Pois, aquilo que estava a pensar não podia ser. Se algum dos meus vizinhos me visse com uma minisaia de prostituta, ir à porta receber um homem, ou aliás, outro homem, iam de certeza pensar que era uma puta, na melhor das hipóteses! Qualquer dia tenho fila à porta, com notas na mão. 
Acabei por me vestir como gente normal, também pode ser muito interessante, embora menos sensual.
Ainda não eram 11 horas quando o telefone tocou. Expliquei onde era a minha casa, ansiosa pela sua chegada.
Acho que estávamos os dois à espera de nos reencontrar com a libido bem nos píncaros e uma enorme vontade de foder. Pelo menos por mim posso falar.
O meu cão tinha de fazer as honras da casa, ladrar, saltar, pular como sempre.
Só que isso não é compatível com um fato Charles Pierre, ou Guess, ou ...
Acabei por conseguir controlar o meu cão e abrir o portão.
Até o cão gostou do Jaime, ficou aprovado no primeiro segundo.
Não é importante dirão alguns, mas se o meu cão gosta é porque vale a pena. Os animais não se enganam.
Sentámo-nos no sofá e uns primeiros beijos, com cuidado, não podia amarrotar o fato, ficava com mau aspecto e eu adoro um homem bem vestido.
Ao Jaime tudo lhe fica bem de certeza. Perto de 1,70 metros, 70 e poucos quilos, um corpo maravilhoso, bem como eu gosto, sem ser demasiado magro e sem qualquer gordurinha visível. Se bem que tenha comentado que tem de perder uns gloriosos 2 quilos, sim, dois mesmo, nem mais, nem menos.
Aproveitámos para conversar um pouco e aproveitou para gozar comigo, a minha cara estava uma lástima, nem sequer posso pintar-me, ou pelo menos não o devo fazer. 
Já perdi todos os preconceitos e quem gosta de mim, gosta pelo que eu sou e não apenas pela aparência externa. Claro que isso tem bastante importância, mas só é no primeiro impacto.
Não sou Barbie, não gosto de Barbies. Geralmente são fúteis, sem interesse, sem tema para conversa e caçadoras de homens.
O cão foi fazendo umas incursões no meio dos dois, queria ter a certeza que tudo estava bem, até que sossegou e ficou a dormir o resto da noite.
Acabei por me sentar ao colo do meu companheiro, lá fui estragar o aprumo do fato e criar uns quantos vincos. Nada que um ferro não resolva facilmente. 
Tirou a gravata, estava demasiado vestido e formal. Mas lindo, como eu gosto.
Começámos a acariciar-nos, e eu fiquei com os meus calores habituais. Nada que não se começasse a resolver... uma camisola a menos.
Como não poderia ficar com calor se ele me acariciava as mamas, massajava as costas, com as suas mãos suaves e sensuais? Não consigo resistir a tanta sensualidade e ao olhar meigo e carinhoso.
Medimos as nossas mãos, eu tenho dedos compridos para mulher e ele tem mãos pequenas, um pequeno desgosto, mas que não faz nenhuma diferença. As minhas mamas foram feitas à medida para a mão do  Jaime.
Continuamos a provocar-nos, já o tínhamos feito durante todo o dia, agora era ao vivo e a cores, com todo o desejo e vontade.
Desapertei-lhe a camisa, estava a mais, acariciei-lhe o caralho, mas as calças não davam jeito.
Fiquei ainda com mais calor e ... menos uma peça de roupa. Por enquanto ainda estávamos nas camisolas, estamos em Fevereiro, numa noite de Inverno.
Acabámos por ir para o quarto, afinal já não temos 20 anos e uma cama é bem mais confortável. Tínhamos todo o tempo, não estávamos com pressa.
Não sei quanto tempo estivemos a foder, mas tudo correu bem, pelo menos eu assim acho.
Umas vezes eu por cima, outras vezes ele, de lado, à cão, torcida, sentada, não faço ideia da quantidade de posições que experimentámos.
A minha cama ficou um lago. Quando estou muito excitada e me venho, não deixo para contar a ninguém, ficam todos a saber. Neste caso era só o Jaime, mas não foi dissimulado. Gosto muito de me vir, em especial quando consigo chegar ao climax ao mesmo tempo que o meu companheiro.
Foi o que aconteceu.
Já lá vai o tempo em que eu fingia ter um orgasmo. Agora, ou tenho, ou se não tenho alguma coisa está a correr menos bem.
Deitámos-nos lado a lado, estávamos cansados.
E durante algum tempo conversámos sobre as nossas vidas.
Sem stress, sem perguntas, cada um fala do que quer e quando quer, sem questionar nem duvidar.
Mas tínhamos de trabalhar no dia seguinte, ele começava às 7 da manhã uma reunião e eu tinha de ir para Lisboa de manhã.
Vestimo-nos e despedimo-nos. Um até amanhã com sabor de até já.

A primeira saída com o Jaime, por decisão comum…

Depois de algumas trocas de telefonemas acabámos por combinar ir à sauna na 4ª feira.
O Jaime tinha de trabalhar e eu também.
Acabei por decidir ir para Lisboa mais cedo, para visitar a minha mãe. Sim que isto de vida de swinger não quer dizer que não tenhamos uma vida “normal” de gente anormal. A minha mãe está bastante velhota e vou visitá-la quando posso. Não vou tanto como devia, mas vou sempre que a minha vida mo permite.
Como alterei os planos, começamos uma longa troca de mensagens que se prolongou pelos dias seguintes...
22-2-2012 14:42
Vou agora para Lisboa tenho algumas coisas para tratar
Acabámos por nos desencontrar, o meu telefone tem crises de actividade e sempre nas alturas mais inconvenientes. Fui ver a minha mãe e a senhora que me criou, a quem eu carinhosamente chamo de mãe adoptiva e por quem tenho um carinho muito especial.
O telefone começou a tocar em casa dela e só se calou já quando estava num café a comer qualquer coisa antes de ir para a sauna, pois não deveria comer mais nada durante o resto do dia.
Assim que me sentei, vi o outro telemóvel, e raios partam, não tinha ouvido tocar, estava perdida no meio da segunda circular, na confusão do transito com o telefone de trabalho que não parava.
Liguei-lhe.
Tinha decidido ir comer qualquer coisa ao Saldanha e eu estava em Entrecampos.
Acabou por fazer uma surpresa e foi ter comigo. Foi aqui que conversámos um pouco sobre nós, ainda não tínhamos tido oportunidade. O ambiente da noite com muita gente à volta não se proporciona a conversas privadas, as paredes têm ouvidos e toda a discrição é factor de sucesso. Existem demasiados ouvidos prontos a encontrar um ponto fraco e a divulgar pormenores da vida privada dos outros.
Conversámos um pouco sobre o que fazemos, como somos, mas da minha parte com algum receio pois sei que ele é casado, tem filhos, e não quero de forma nenhuma interferir na sua vida pessoal.
Quem leia estas linhas que não entenda o nosso espírito completamente liberal, vai pensar que isso é impossível, mas na verdade não o é.
Mantenho uma amizade com o Miguel desde à mais dois anos, sem que isso interfira na vida familiar dele, nem na minha.
Como uma vez o Miguel disse, temos a capacidade de amar simultaneamente várias pessoas, por motivos diferentes e se não colocarmos tabus na nossa vida conseguimos ser bem mais felizes sem magoar ninguém.
Se cada um de nós pensar um pouco verá que não é por ter dois filhos que se gosta mais de um que do outro, ou mais do pai do que da mãe ou de um amigo que outro. Cada um tem o seu espaço próprio que devemos respeitar e cuidar. Essa é a essência do meu espírito liberal, gostar e amar cada um no seu próprio espaço, reservando-lhe um bocadinho do coração. Claro que alguns têm direito a espaços maiores e mais importantes, consoante a importância e influência que têm ou tiveram na nossa vida.
A capacidade humana de amar é imensa e devemos aproveitá-la ao máximo para assim podermos tirar o melhor partido da vida e sermos felizes.

O argentino telefonou-me ao fim de dois anos…

Mistério, alguma coisa de passava!
Como ficou um amigo no meu coração, acabámos por combinar ir a um clube onde já não ia à bastante tempo. O HCW tem um grande defeito, que não consegue superar a amizade que tenho pelos donos, parece o baile dos bombeiros.
Cada vez que um casal começa a aquecer, começam os singles, como na santa terrinha da minha avozinha, a desapertar a breguilha, babarem-se e baterem punhetas. Como se isso não bastasse ainda tentam entrar no meio da acção, como se não fossem sistematicamente rechaçados.
Torna-se desagradável e incomodativo. Muitos dos meus conhecidos deixaram de frequentar este clube por esse motivo, eu e o Miguel fomos uns deles.
Mas voltando ao motivo que me faz escrever estas linhas, o argentino queria foder com alguém e convenceu-me a ir lá com ele. Sim, porque entre ir dançar umas horas ou dar uma boa duma foda, não há margem para dúvidas!
Já que não havia melhor proposta, encontramo-nos na Fortaleza do Guincho para pôr a escrita em dia, e depois…. HCW.
A Luísa e o Filipe, como de costume estavam lá, bem como muitos outros conhecidos, que já não via à bastante tempo.
Fizeram questão de me apresentar o Ferro.
Pensei eu com os meus botões:
“Mais um single que vai bater uma punheta para me chatear, ainda por cima o Miguel não está comigo para correr com ele.”
Conversei um pouco com um, outro com outro, dancei com o barman, provoquei uns quantos que não se lembravam de mim, e diverti-me.
A certa altura, um grupo de casais com bom aspecto subiu a escada, fui chamar o argentino e subimos também.
Aquece daqui, esfrega dali, acaricia acolá, acabamos por ir uns quatro casais para um dos quartos.
Como sempre a porcaria dos singles do baile a chatear e a serem inconvenientes.
Um dos homens dos casais discutiu com um, pô-lo na linha. Não me tinha apercebido do que tinha acontecido e conhecia mal o casal, mas para single bem que podia ir vender chuchas, levantar é miragem fica de picha caída e nem com um dos meus broches soft que levantam até um morto se pôs de pé.
Descemos…
O Ferro continuava sentado no mesmo sofá, calmo e sossegado. Acabei por lá ir parar também.
Foi assim que conheci alguém que me leva a perder a seriedade e sentir-me eu mesma.
Obrigada Ferro por me voltares a dar a mesma vontade de rir, brincar e provocar que há algum tempo não sentia.