Prólogo

Por uma coincidência de conversas, há alguns meses atrás entrei com o meu amigo Luís no mundo do Swing. Desde há muitos anos que este ambiente me vinha despertando curiosidade e acabámos por procurar sítios, sites, Internet, tudo o que conseguimos encontrar até que conseguimos.
Eu estava convicta que iria gostar, dele não tinha tanta certeza. Éramos dois amigos coloridos, que se entendiam e falavam de muitas questões habitualmente tabu na sociedade.
A nossa primeira incursão neste mundo foi para mim da maior surpresa perante a minha própria atitude. A dele, de alguma retracção.
Foi esse o grande motivo para que continuasse até hoje. Não tenho a certeza se pretendo continuar neste ambiente durante muitos anos, ou se será uma fase passageira. A maioria dos swingers tem geralmente fases de contacto swinger e outras de afastamento. O ambiente por vezes torna-se demasiado viciante, e acabamos por ter necessidade de voltar à nossa vida real, à nossa "vida comum", de trabalho, família, discotecas, cinemas, ..., enfim, de descansar um pouco.
No entanto quando estamos embrenhados no meio swing, a adrenalina é tal que acabamos por querer cada vez mais continuar. Há por isso necessidade de balancear a nossa dupla vida.
Geralmente no "mundo comum" nenhum dos nossos amigos ou familiares sabe do nosso "mundo Swinger", seriamos mal interpretados, criticados e um sem número de situações que não são reais nem sequer parecidas com algo que se passa entre nós.
Apenas gostamos de sexo, puro, sem tabus, sem paixão, de sexo animal, de novas experiências. Não temos complexos, desde a idade, o peso, as rugas, tudo isso fica atrás da porta quando nos dedicamos de corpo e alma.
Não importa se somos casados, namorados ou singles, estamos todos neste meio pelo mesmo motivo, o sexo.
Um verdadeiro swinger não tem ciúmes do seu companheiro, gosta que ele esteja bem, que tenha prazer. É o prazer dos nossos companheiros o maior de todos os prazeres que temos. Se ele ou ela está bem, então nós também estamos, sem qualquer mágoa, sem qualquer dor, apenas puro bem-estar.
Dificilmente alguém que nunca tenha estado neste ambiente nos compreenderá, mas também não estamos preocupados. Estamos aqui apenas por puro prazer.
Este é o verdadeiro espírito swinger.

Porquê este blogue

Este blogue nasceu de uma conversa entre mim e o meu companheiro de viagem Jorge. O site dele está em vias de desaparecer, e a informação que lá está tem sido útil para muitos swingers. Sugeri-lhe que passasse para um blogue, mas isso levar-lhe-ia tempo que neste momento não tem, por questões profissionais.

Sugeriu-me que eu própria fizesse um blogue.

Este foi o princípio. Era para ser apenas uma transcrição de pensamentos, mas neste momento deixou de o ser.

Espero que quem o leia possa tirar partido, rir-se, divertir-se e fundamentalmente aprender alguma coisa do mundo swinger. É esse o meu objectivo.

Obrigado a todos os meus amigos que me têm apoiado e a todos os que me rodeiam e criaram condições para que pudesse tornar realidade um desejo que venho alimentando desde criança.

Um homem não é homem sem escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Apenas me faltava esta parte, o livro.

Mesmo que não passe de blogue, só pelo prazer que estou a ter em escrever, já valeu a pena. Obrigada a todos.

E assim começou...

Com o meu companheiro de swing Luís, estávamos num Club onde se faz swing em Lisboa. Era o dia da festa de anos do M... Além de nós estavam entre os vários amigos do aniversariante a A... e o JohnyBoy.
C... olhou para a A..., e perguntou-me se parecia bem, eu concordei. Não me pareceu nada mal o JohnyBoy. Acabamos por dançar um kizomba que foi o motivo para que houvesse um início de conversa.
Ela é uma portuguesa radicada em França que estava de férias e tinha ido ao clube com o JohnyBoy.
Acabamos por swingar com eles e trocar contactos. Quando descemos dos privados, devido ao excesso de calor, estivemos algum tempo a conversar
Já era dia claro e o Sol feria os olhos, embora estivessemos numa rua estreita da Madragoa...
Nunca tínhamos saído tão tarde do Clube.

Mas não ficamos por aqui...

No dia seguinte combinamos encontrar-nos de novo no Erotikus, desta vez o Jorge foi com outra amiga, também single e eu com o Luís, como de costume. Alguma empatia se criou entre mim e o Jorge.
Caído do nada o Jorge perguntou-me se queria ir a Cap d'Agde. Sem saber porque ele me convidou, ainda hoje estou para saber porquê, mas aceitei de imediato o convite.
No final da noite, já bem tarde voltamos a subir aos privados, alguma coisa tinha ficado inacabada. Foi a forma que encontramos de nos conhecer um pouco mais. Nenhum dos nossos companheiros interferiu. Afinal somos todos singles, ou comportamo-nos como tal.
Acabamos por ser "corridos" do Clube, já passava das 7 da manhã... Mais uma vez...

Mas que grande atrofio na minha cabeça

Não vou deixar de fazer as coisas que queria ter feito durante a minha vida e que por força de um casamento do qual restam dois filhos espectaculares, e uma amizade com o meu ex-marido felizmente ainda possível, nunca fiz.
Depois de ter passado por uma relação tempestuosa alguns meses antes, comecei a pensar que me podia estar a enfiar noutro buraco, ter mais problemas.
E isso eu não queria. Já chegava.
Isto de ir passar uma semana com alguém que me era completamente desconhecido, no estrangeiro, sem mais ninguém conhecido, num local de muita intensidade emocional e de vivência extrema podia ser complicado.
Desafiei o Jorge a fazer-me companhia na noite de 2ª feira. Fazia um ano de divórcio oficial.
Eu adorei a nossa noite, bem calma, uma boa conversa, uma pessoa simpática, sem preconceitos, nem estereótipos.
Após termos jantado, acabamos em minha casa, gostamos mesmo de foder, e um com o outro, parece que tudo se conjuga. Mais uma noite espectacular.
Felizmente uma agradável surpresa, o que mais tarde se viria a confirmar.
Agora a vida é minha, sou uma mulher feliz.

A incerteza instalou-se

Parece uma cena típica de telenovela, mas tudo o que descrevo em seguida se passou nesta minha aventura, trabalho que não permitia viajar, doença com operação quase marcada, falta de dias de férias, tudo aconteceu... Aconteceu entre 3ª feira dia 14 de Julho e 5ª dia 17.
Na minha mudança de vida, mudei de emprego no início de Junho. Ou seja férias só em Dezembro, pelo menos oficialmente. Mas alguma coisa me deve ter sussurrado ao ouvido que o melhor era começar a trabalhar mais cedo uma semana, para poder tirar uma semana de férias. Era para ser para ir ao Andanças, mas com este convite e a minha descoberta do swing tinha sido esquecido o festival. Estava bem mais interessada em ir a Cap d'Adge... e com o Jorge ainda mais, já vão perceber porquê...
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Uma 6ª feira cheia de surpresas

Na 6ª feira como não podia deixar de acontecer, fui ao Clube do costume. Com quem? Jorge, só podia ser...
O meu companheiro Luís resolveu ir passar o fim de semana com uma amiga, que está a ver se consegue que ele namore com ela. Luís diz que não é verdade, mas eu já vi cenas de ciúmes bem mais discretas, que a que assisti quando estava a dançar com Luís e ela ficou a olhar. Tão discreta ou tão pouco que assim que acabamos de dançar a amiga dele arranjou forma de o tirar logo das minhas proximidades, foram de imediato embora.
Não é possível ninguém entender a minha relação com Luís. Não somos nem queremos ser namorados, gosto muito dele, como pessoa, companheiro, amigo, não existe qualquer relação de posse, nem queremos que isso possa sequer ser imaginado por nenhum de nós.
Qual foi o meu espanto quando o Jorge me ligou a perguntar se me importava de ir ter com a amiga dele Ana. Afinal ela ainda estava em Portugal e tinha com ela um outro amigo, que queria conhecer o Clube.
Acabamos por ir ter com eles algures para os lados do Castelo, e em seguida fomos para o Clube.
Como não podia deixar de ser, estreamos o Ana no ambiente swing. Nunca vi ninguém tão deliciado na sua primeira vez.
Ana e António. saíram do clube a horas decentes, mas eu e Jorge mais uma vez voltamos a ser quase os últimos. Eram 6:30 quando cheguei a casa, com necessidade de dormir e estar no cabeleireiro por volta das 8 da manhã, missão impossível, está visto.
Quando disse a Luís que tinha estado de novo com a Ana. ficou todo roído. Se imaginasse que isso era possível sequer, não tinha de certeza ido passar o fim-de-semana com a amiga dele. Como eu costumo dizer, azar o dele. Se tivesse esperado para ir ao Clube do costume, não tinha ficado desanimado.

Um sábado com mais surpresas ainda

Entre várias peripécias o fim-de-semana incluía um casamento. Durante alguns anos organizei casamentos, vendi artigos para casamentos, explorei uma quinta na margem Sul de Lisboa. Devido ao meu divórcio, foi uma das coisas que abandonei radicalmente. Casamento só se for o dos meus filhos e mesmo assim só se eu não os conseguir demover, ou estiver consciente que nenhum deles vai ter uma relação com o seu parceiro de propriedade e anulação do seu eu. Este é o maior mal de todos os casamentos mal conseguidos.
Aprendi no swing que o sentimento de posse é totalmente despropositado. O casamento deve ser baseado num sentimento de partilha, cumplicidade e satisfação de ambos. Se o casal for capaz de falar, dizer tudo o que lhe vai na alma, não tiver vergonha ou medo das suas atitudes, então é possível que venham a ser felizes, embora não seja um dado adquirido é um óptimo ponto de partida.
Ou seja, vida a quanto obrigas... Lá fui eu às 9:00 para o cabeleireiro, com duas horas de sono mal dormidas e de seguida a correr para o casamento.
Como casamento é algo que me incomoda, e acho que este não tem grande futuro, mandei uma SMS ao Jorge, a perguntar se queria ir ao Clube. Respondeu-me que não sabia ainda se podia. Algum tempo depois mandou-me um SMS a dizer que me ia buscar pelas 23:00, ou seja, tinha a minha noite com um bom programa.
Tinha acabado de combinar com Jorge e recebo uma chamada do António.

"- Upss... eu não posso ir contigo, acabei de combinar ir lá, mas deixa ver se te arranjo companhia..."

Mais um telefonema e consegui encontrar parceira para António. Assim íamos os três e a parceira dele estaria lá à espera. Tudo se compôs, os deuses voltavam a estar do meu lado...
Mas as surpresas da noite não acabam por aqui...
Estávamos nós os três bem entretidos no Clube já que a parceira que tínhamos conseguido para o António era apenas espectadora, quando vejo entrar os CasalJoi. Uns amigos que tinha conhecido algum tempo antes numa festa no Algarve, mas que são de Lisboa.
Estive a falar um pouco e regressei para o pé do Jorge e do António.
Comentamos vagamente quem eram, e de repente o CasalJoi vem ter comigo e pergunta-me se não quero ir com eles para uma festa privada em casa deles.

- Eu, convosco? E vai mais quem?
- Não tínhamos pensado nisso...
- Mas eu estou acompanhada com dois amigos, não vou embora e deixá-los aqui...
- E que tal são eles?
- Cumprem bem os objectivos
- Então eles que venham também.
- Mas tenho de falar com eles antes, não sei se vão querer
- Tens argumentos para os levar, se quiseres...
- Eu???!!!
- Sim, nunca estive contigo, mas sei o que me disseram.
- Mais uma vez o menino Paulo a fazer propaganda, só pode
- Quando a propaganda é boa, não se pode descurar
- Os homens ainda são piores que as velhas cuscas...

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

E as surpresas continuaram

Como estava farta de dormir, talvez duas horas, era cerca de meio-dia, quando decidi ir para a praia.
Uma swinger que está a pensar em ir para Cap só pode ir para uma praia naturista. Que opções eu tinha? Bela Vista ou Meco.
Optei pela Bela Vista!
Comprei qualquer coisa para levar para comer, embora nem fome tivesse, e fiz-me à estrada, direita à praia.
Sem grande esforço nem confusão, cheguei ao areal, andei um bocado até encontrar um sítio que achei tranquilo.
Espetei o chapéu e despi-me.
Já não tomava banho de mar nua à alguns anos.
Até há cerca de um ano atrás tinha 18 quilos a mais, vergonha do meu corpo, era incapaz de me despir e muito menos de fazer sexo.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Uns dias de trabalho, imprescindível

A semana começou com muito que fazer, queria deixar pronto um trabalho antes de ir de férias, tinha-me comprometido.

SMS de Jorge para Mary (21/07/2009 - 20:35)
Olá, está complicado, mas amanhã por esta hora já devo poder dizer-te algo. Bjss,

SMS de Mary para Jorge (21/07/2009 - 22:45)
Fico triste se não puderes ir, mas não fico zangada. Haverá outras oportunidades. Bjhs

SMS de Jorge para Mary (22/07/2009 - 11:42)
Amanhã tenho de ir a Barcelona. Está complicado......:(

Na 4ª feira, dia 22, a meio do dia, decidi que aquele ia ser o meu último dia de trabalho antes de ir de férias. Começar a meio de uma semana que não tem feriados, as férias dum vulgar português que só tem 5 dias para poder descansar, parece de certeza uma enorme estupidez. Mas foi o que eu fiz.
Fiz um pressing idiota nas últimas horas e terminei o que me faltava antes de sair.
Não sabia para onde ia, o Jorge estava com grandes problemas em ir de férias, tinha recebido um SMS dele, que era praticamente o terminar da nossa aventura.
Mesmo assim e sem querer pressionar, mandei-lhe uma mensagem, já depois de ter decidido queimar os meus dias sem falar com ele.
Ainda há quem não acredite em energias universais, mas não há coincidências, isso eu tenho a certeza.
Os CasalJoi convidaram-me a mim, ao Luís e ao António a ir a casa deles à noite, já que o Jorge não estava em Lisboa. Luís sim, Luís não, acabou por não querer ir e eu fui só com o António. Afinal não podíamos swingar, ela estava com o período, mas um café na companhia de amigos sabe sempre bem.

SMS de Mary para Jorge (22/07/2009 - 21:05)
Já sabes alguma coisa? Imagino que não. Bjhs

Uma noite de chuva em Lisboa, só normal de Inverno, mas que acontece também no Verão, devido às alterações climatéricas. Quando íamos a caminho, depois de me ter enganado 3 vezes no caminho, o estado de cansaço era tão grande que já nem o piloto automático funcionava, ligou o Luís…

- Afinal vou ao Clube! Vai lá ter comigo.
- Eu estou com o António. Não o vou deixar. Estamos a caminho de casa dos CasalJoi Tu não querias sair e eu combinei outra coisa, não ia ficar à tua espera
- Mas não queres lá ir ter?
- Sim, eu e António vamos lá quando sairmos de casa dos CasalJoi, mas não sei a que horas...
- Tudo bem, espero por ti.

Acabei por ficar numa situação que não me agradou muito, mas que acabei por esclarecer depois. Nunca mais vou deixar por dizer aquilo que penso, doa a quem doer. Mais vale uma verdade nua e crua, do que arrastar uma mentira, com medo de magoar os outros. No final quem sai magoado na maioria das vezes somos nós.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

A maior das surpresas

Cheguei a casa já passava das 3 horas. Eram 3:31 quando estava a desligar a luz do candeeiro da mesa-de-cabeceira e o meu telemóvel começou a fazer barulho. Era uma SMS. Àquela hora? Alguma coisa devia ter acontecido a um dos meus filhos, pensei eu.
Afinal o motivo da SMS era o que eu mais esperava - Cap d'Agde...

SMS de Jorge para Mary (23/07/2009 - 03:31)
Podes vir ter comigo a Barcelona? Segunda ou Terça tenho de voltar para Madrid/Lisboa, mas pelo menos podia aproveitar-se o fim-de-semana alargado. É a única possibilidade.

(o resto terá de ler no livro.... 
Publicação em Março 2016)

Pois, mas por muita verdade que fosse eles não acreditaram. Eu própria não acreditaria se me contassem. Quem esteve comigo na noite de 4ª feira só acredita porque viram fotografias de Cap, e a experiência é inesquecível.
Quem lá vai e vive Cap como um verdadeiro swinger não volta a ser o mesmo.

A viagem para Cap d'Agde

Eram 4 da manhã quando finalmente tinha o bilhete de avião. Faltavam menos de 4 horas para sair de casa e ir para o aeroporto.

Ou seja, entre passar alguma roupa que não estava em ordem, arrumar a casa, pois ia ficar vazia durante uma semana, apenas alguém teria de vir buscar o cachorro, era preciso tratar de tudo.
Como me tinha deitado na noite anterior pelas 3 da manhã porque tinha ido dançar à noite, uma das minhas paixões, e tinha chegado bem cedo ao escritório, tinha dormido pouco. Estava a contar com esta noite para por o sono em dia.
Afinal, mais valia nem sequer ter pensado, podia ter aproveitado esse tempo para dormir.



(o resto terá de ler no livro.... 
Publicação em Março 2016)

E assim cheguei a Barcelona, com algumas indicações da minha filha que lá tinha estado alguns meses antes, de como fazer para chegar à cidade, o que ver num tão curto espaço de tempo e com uma mala às costas.

SMS de Mary para Jorge (23/07/2009 - 12:20)
Já estou em Barcelona. Vou tentar dar um passeio pela cidade, mas nem sei bem por onde começar. Tens alguma sugestão?
SMS de Jorge para Mary (23/07/2009 - 12:30)
Olá, bem vinda...:) não tenho nenhuma sugestão em especial (não conheço Barcelona turística). Falamos logo.

E assim cheguei ao centro da cidade, sem saber para onde ir, tão cansada que nem era capaz de saber para que lado estava o mar. E eu costumo ter um bom sentido de orientação.
Acabei por dar algumas voltas na Plaza de Cataluña até finalmente encontrar La Rambla.
Eram 2 da tarde e estava um calor abrasador. Aproveitei para comer fast-food, não tinha vontade de procurar nada mais. Já não sabia o que fazer estava com umas calças de ganga e precisava urgentemente de as tirar e vestir uns calções. Onde comi, para chegar à casa de banho, obrigava a subir e descer escadas com a mala. Não me apeteceu. Beberia um café em algum sítio no caminho.
Pois, mas Espanha, não é assim tão fácil encontrar uma casa-de-banho sem que sejamos quase maltratados. Acabei por entrar num supermercado para comprar uma água e tentar descobrir uma. Não consegui descobrir onde era, acabei por desistir, mais alguns metros e um café, só se pagasse primeiro a conta. Não me apeteceu, saí mais uma vez. Acabei por ceder e beber um café para poder ir a uma casa-de-banho trocar de roupa.


Desci La Rambla até ao mar, finalmente tinha encontrado. Depois meti-me no interior da Ciudad Vella, ruas parecidas com o nosso Bairro Alto, mas mal-cheirosas, bastante pitorescas.


Já passava das 16 horas quando parei para descansar num banco à sombra. Estava no largo da Catedral de Barcelona.


Enviei uma SMS ao Jorge. Já não conseguia andar mais. Estava demasiado cansada e cheia de calor, as havaianas que tinha levado estavam a ferir-me os pés, já de calções, mas nem assim.
Deitei-me num banco e adormeci alguns minutos.
O Jorge ligou-me:
- Trouxeste lençóis?
- Não, era preciso?
- Pois, era. E trouxeste toalha de banho?
- Também não...
- Eu tenho no apartamento um lençol de baixo e tenho comigo uma toalha de banho, mas lá não há mais nada. Sabes onde há um Corte Inglés?


(o resto terá de ler no livro.... 
Publicação em Março 2016)

Finalmente Cap d'Agde



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A zona do "Quartier Naturiste"


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Era noite cerrada, quando chegámos a Cap d'Agde. De início parece uma pacata estância turística, cheia de vivendas. Mais rotunda, mais viaduto e acabamos por chegar ao controlo de acessos. Como tínhamos o cartão de acesso ao resort, foi apenas abrir a cancela e entrar no Quartier Naturiste.



Até aqui nada de novo. Tudo o que ele me tinha dito parecia um exagero, não tinha visto nada de anormal. Só que apenas agora estávamos a transpor a cancela.
Arrumámos o carro, pegámos nas nossas bagagens e aí vamos nós direitos a Port Nature, apartamento ZZZ. A única coisa que era anormal para um resort de férias era mesmo o ruído dos bares, quer o Melrose, quer o Eros Café se situam a poucos metros do apartamento em que íamos ficar.
Saímos da zona de estacionamento e assim que passámos para o caminho que dá acesso ao apartamento deparei-me com a minha primeira surpresa. Uma swinger vestida para sair à noite, ou poderei despida? Penso que o termo poderá ser luxuriosamente despida. Trazia a lingerie que habitualmente as mulheres usam em formato bem reduzido e um vestido de rede, completamente aberto. Achei um pouco estranho, mas o Jorge disse-me que estava muito vestido. Não me admirasse quando visse muitas mulheres sem qualquer tipo de lingerie, apenas com vestidos transparentes, ou efeitos decorativos apenas.
Assim chegámos ao apartamento. Estávamos cansados, com vontade de tomar um banho, mas suficientemente despertos para não querermos desperdiçar uma das poucas noites que tínhamos.
Tomámos um duche, para refrescar o corpo, fizemos algumas carícias, estávamos ambos com vontade de fazer sexo, mas a vontade de conhecer Cap para mim era ainda maior que nem o cansaço conseguiu fazer com que desistisse.
Vesti-me, mas o Jorge achou que estava demasiado vestida. Aconselhou-me outra roupa que tinha comigo, e com a qual só saio em Lisboa se levar algo por cima

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)


Afinal a excitação da chegada a Cap era tão grande para os dois que não tínhamos sono, esquecêramos o cansaço e estávamos prontos para continuar a noite.
Uma das barmaid entretanto tinha subido e estava envolvida com um dos DJ's do clube. A eles se juntaram mais dois homens. Era sexo a quatro, vaginal anal e oral. Ela estava a gostar bastante. Os gemidos e palavras de incentivo eram muitos e bem esclarecedores. O Jorge estava cansado tinha acabado de ter dois orgasmos e a resistência de um homem tem limites, especialmente quando se está fisicamente cansado. Ainda pensou juntar-se ao grupo mas acabou por desistir.
Fomos embora até ao apartamento. Tomei um duche, sentámo-nos um pouco na varanda. Era já quase dia.
Estávamos cansados. Nem dos telemóveis me lembrei mais naquela noite. Estavam sem som e assim iriam ficar o resto da estada em Cap. Afinal estava no paraíso e tanto quanto sei lá não há necessidade de telefones.



O primeiro dia em Cap

Acordar tarde, como se impõe
Como nos tínhamos levantado tarde, também nos levantámos a horas condizentes. Já passava do meio-dia. Como sempre eu durmo menos horas que o normal. Acordei e com a camisa de dormir vim para a varanda ver como estava o tempo, o ambiente, e por aí fora.
Um dia cheio de sol radioso, a convidar a uma ida à praia. Tínhamos falado da praia, da "Baie des Cochons", eu queria ver como era, queria conhecer tudo no mesmo dia. Sabia que era impossível e que teríamos pelo menos mais dois dias para eu poder conhecer Cap d'Agde.
Sentei-me na varanda, sabia que não era preciso estar vestida, mas ainda não me sentia à vontade com a nudez naquele sítio.
Desde que me casei que fazia nudismo sempre que fosse possível, até os meus filhos terem idade de começarem a querer esconder o corpo. Deixei de o fazer nessa altura e não voltei a fazer. Engordei, comecei a ter vergonha do meu corpo, deixei de ter vontade de recuperar a minha forma física. Mas como costumo dizer, quando nasci não trazia nenhuma roupa e também não me fazia falta.
Agora que recuperei uma boa parte da minha forma física, não vejo qualquer motivo para que não o volte a fazer.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

A quantidade de pessoas é indescritível, não há espaço para por as toalhas, pensava eu. Olhei e pensei, felizmente que vamos continuar, senão aqui não tínhamos hipótese de por as nossas coisas. Não tardei a saber como estava enganada.
A "Baie de Cochons"
Continuámos a caminhar até ao nosso destino sob um calor abrasador. Disse-me o Jorge que estávamos a chegar à "Baie de Cochons". Nunca tinha visto tanta gente numa praia, não devem ser mais de duzentos metros de areal, completamente apinhados de casais. Achei que era impossível ficarmos ali, mas se ele dizia que sim, não ía deixar de acreditar. Procurámos um sítio onde pudéssemos por o chapéu de sol e duas toalhas, ou pelo menos uma delas. Encontrámos um sítio onde por inacreditável que me tivesse parecido cabíamos os dois. Apenas um pormenor, as toalhas não cabiam lado a lado, só a fazerem um L. Mas isso não foi óbice, era mesmo o único sítio disponível.
Ninguém aqui estava vestido, quase todos eram casais, normalmente sós, ou em grupos pequenos, e alguns singles masculinos, isolados ou acompanhados com casais. que na altura não me pareceram muitos. O seu comportamento parecia-me bastante discreto, bem mais discreto que muitos dos que infelizmente encontramos nos clubes de swing que os admitem em Portugal. Os singles masculinos são provavelmente a coisa que mais me irrita, pois há muitos que não sabem qual o seu lugar e admitem que estão num local onde as mulheres apenas ali estão para ter relações sexuais, sem se preocuparem com quem nem como.
Estávamos cheios de calor e cansados, nem mesmo o facto de ter vindo a andar na areia junto à borda da água tinha ajudado a refrescar. Afinal são mais de 1.5 kms desde o apartamento até aqui. Largámos as nossas coisas, estendemos as toalhas, sob o risco de chegarmos e já não termos espaço para elas e fomos tomar banho. Completamente nus, como eu tanto gosto. Nadei até fora de pé,

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Eu estava de férias no paraíso.
Faltava agora descobrir quem contribuía para este paraíso. Concluímos que todos os deuses bons estão em Cap d'Agde.
Vou tentar identificá-los para que se saiba que contribuem para que se possam passar as melhores férias que alguém pode desejar.
Não é necessário ir para uma ilha paradisíaca, nem para a neve, nem para uma estância de luxo, para se encontrar o melhor local para descontrair, descansar, esquecer o dia-a-dia, recuperar energias e voltar outro, bem mais alegre e satisfeito. Era o que me estava a acontecer e ainda agora tínhamos acabado de chegar. Por poucos dias que pudéssemos ficar ia com certeza valer a pena.

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)
- O que acabaste de fazer..
- Não sei o que fiz, mas explica-me para eu tentar.
- Fizeste um movimento com a língua, que me excitou muito, tenta repetir..

Tentei, mas não consegui.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Acabámos por ir tomar um duche. Eu prefiro fazê-lo no final, normalmente talvez por ser mulher e muitas das vezes o homem ficar por cima de nós, pelo menos algum tempo, acabo por ficar suada. Pode acontecer haver outra troca e não gosto de me sentir peganhenta, prefiro um banho e voltar a sentir-me fresca, mesmo que tenha de ser com água fria. Já me habituei.
Deixámo-los, trocámos algumas carícias, comentámos o que tinha acontecido. Não era o tipo de mulher do meu companheiro, mas também não era impensável. Eu ainda não conhecia o tipo de escolhas dele. Tinha sido a minha escolha, eu estava bem e por isso ele também estava. Também tinha sido bom afinal.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)
Um dia muito intenso, como todos os dias destas férias, tão intenso que não havia capacidade de pensar em mais nada que não fosse o momento que estava a viver, fosse na praia, no caminho, nos bares, nos clubes, …

Sábado em Cap d’Agde

Acordei mais cedo como é meu hábito, levantei-me sem fazer barulho, ou pelo menos tentei, andei à procura de alguma coisa para fazer, mas não tinha nada que me apetecesse. Tinha levado um livro, mas não me apetecia ler. Resolvi vestir os meus calções e ir comprar o pão. Podia aproveitar para espreitar algumas lojas enquanto o Jorge dormia.
Saí do apartamento, em direcção a Port Ambonne, à procura do pão e talvez alguma coisa para vestir. E quem sabe se não encontraria as tais botas tão desejadas.
Antes de comprar o pão fui a uma papelaria comprar um livro de sudoku, assim já podia entreter-me de manhã ou na praia, se me apetecesse.
Vi um top muito giro, mas não era para o meu corpo. Entrei numa loja à procura de botas. Experimentei duas ou três. Gostei dumas delas. Pedi para mas guardarem até ao fim do dia, queria a opinião do Jorge. Fui comprar o pão e levantar dinheiro. Estávamos a precisar de repor o nosso fundo comum.
Continuei em direcção ao apartamento, mas desta vez por outro caminho. Por esse lado havia mais lojas. Mais uma vez, à procura das botas ou de qualquer outra coisa que me agradasse. Afinal ainda tinha duas ou três noites e não tinha muito que vestir.
Desta vez encontrei mais umas botas, gostava mais, eram mais baratas, ficavam-me melhor. Mais uma vez pedi para as guardarem. Faltava uma opinião.
Regressei ao apartamento, abri a janela e fui para a varanda. Os apartamentos ao lado do nosso estavam todos vazios. Era sábado, dia de mudança de inquilinos. Em Cap, os apartamentos são normalmente alugados de sábado a sábado. Não era o nosso caso, o nosso amigo gere o apartamento consoante os vários amigos conseguem ocupá-lo. Este ano, devido à crise vários apartamentos estavam vagos e as imobiliárias preferiam alugar por períodos mais curtos, que tê-los vazios.
Sentei-me a saborear o fresco da manhã e a fazer Sudokus. O Sol não batia ainda a esta hora na nossa varanda, já era perto do meio-dia, estava um dia de Sol maravilhoso. Soubemos depois que só na 5ª feira, dia em que tínhamos chegado o tempo tinha melhorado, as semanas anteriores tinham sido de mau tempo, com chuva inclusive. Mais uma vez os deuses colaboraram connosco, desta vez acho eu que foi S. Pedro.
Senti a porta da varanda abrir algum tempo depois. Jorge tinha acordado. Afinal não dorme assim tanto como tinha dito. Umas seis ou sete horas chegam para começar o dia com boa disposição.
Conversámos um pouco sobre o que íamos fazer. Com a fruta, os iogurtes, o leite e umas bolachas tínhamos o problema da praia resolvido, desde que tomássemos um bom pequeno-almoço. Perguntei-lhe onde se podia comprar pão ali ao pé.
Preparámos o pequeno-almoço, cereais para ele com leite, para mim com iogurte, café e o resto das madalenas do dia anterior.
Estávamos prontos para iniciar o nosso segundo dia de férias.
Como se tornou hábito, eu levava a toalha ao ombro, pareo, as minhas fabulosas chinelas e a mochila com a comida, ele, o chapéu-de-sol, a toalha, sapatos e o dinheiro. Uma distribuição equilibrada. Mas aqui tive uma surpresa. A minha toalha? Onde estava? Pois, compras com tralha às costas é o que dá. Tinha-a perdido no dia anterior.
Ou seja da minha roupa de Portugal, já não restava nada a uso. Pelo menos eu acho que não.
Hoje com um pouco mais de calma e muito menos ansiedade da minha parte, pusemo-nos a caminho da “Baie des Cochons”. Parámos pelo caminho meia dúzia de vezes, além do nosso café. Pois, eu comecei a querer ver as várias lojas de roupa, precisava de alguma coisa para vestir à noite. Não estava a gostar de nada do que tinha trazido de Portugal.
Vi um conjunto que me agradou muito, mas ainda não era a hora.
Mas precisava era mesmo de uma toalha para a praia, mas nada de especial, afinal as toalhas normais são muito quentes e pesadas e desde à muito tempo que andava à procura de uma bem leve e fresca e nunca tinha encontrado. Primeira loja, nada de jeito. Segunda loja, a mesma coisa, olhei para a varanda do piso superior, um monte enorme de toalhas de praia. Fui ver. Nem mais serviam perfeitamente.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

- L’Alemagne va ataquer! Qui est le défenseur?
- Portugal!
- Qui va gagner? Jái une bonne arme!
- Mon copain a également une, il va me protéger!!

E assim começou uma troca entre nós e um casal alemão.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Domingo, o dia mais alternativo

Acordei com os nossos amigos a baterem à porta. Sem fazer barulho para o meu companheiro não acordar, levantei-me. Eu dormia do lado da parede tinha de fazer alguma ginástica para sair pelos pés da cama como todos os dias. Só que hoje ainda estava cheia de sono. Abri-lhes a porta. Pela minha cara devem ter percebido que ainda à pouco tinha começado a dormir. Devia estar com um mau aspecto indescritível. Deixaram as malas e foram-se embora. Realmente não tinha capacidade para mais nada que não fosse dormir e o meu companheiro nem deu por eles chegarem e partirem.
Voltei para a cama, não conseguia fazer mais nada que não fosse dormir, naquele momento.
Acordei bem depois do meio-dia. Não era preciso pão, não íamos para a praia, o nosso destino era a “Festa da Espuma” no “Le Glamour”. Já estávamos levantados quando eles chegaram, a tomar o nosso pequeno-almoço: cereais, iogurtes, pão, café, sumo de fruta, leite, para termos energia suficiente para aguentar o resto da tarde. Era fundamental.
Tínhamos combinado que os levaríamos ao comboio, não era necessário estarem à espera da camioneta pois iriam perder mais de duas horas e nós demorávamos pouco mais de vinte minutos a chegar à estação de carro.
(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Estávamos cansados, não regressámos tarde ao apartamento, talvez umas 4 ou 5 da manhã. O que me apetecia era mesmo estar com o meu companheiro, sentir o corpo dele, as carícias e foder com ele. Nada mais me importava naquele dia. E assim foi, regressámos e fodemos os dois. Não precisávamos de mais ninguém. Caímos para o lado, só voltamos a acordar no dia seguinte.

O Último dia em Cap d’Agde

Como sempre acordei mais cedo. Estava pela primeira vez um dia de céu encoberto, mas como sempre muito calor. Fui ao pão, tomámos o pequeno-almoço. Entretanto o dia tinha aberto e fomos para a praia.
Como sempre muitos casais, muita libido, muito sexo.
O céu começou a encobrir e a ficar fresco. Nem de propósito. Faltava-me conhecer a sauna. Regressámos ao apartamento para deixar os chapéus e toalhas e fomos para a sauna.

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Achámos que já chegava de banho turco, eu não me sinto bem nas saunas, pelo que voltámos para a mesma cama. Desta vez estava lá um casal relativamente novo, cerca dos 30 anos. Pareceu-nos interessante e ficámos ao pé deles. Comecei a trocar carícias com o meu companheiro, e ao mesmo tempo fomo-nos aproximando do outro casal. Começámos a trocar carícias com eles também. Pela primeira vez encontrámo-nos um casal de “Exchangistes”, soft swingers. Estes casais embora entrem em swing, não fazem sexo com outros casais com penetração. Olhei para o Jorge, sabíamos o que isso significava, mas a espontaneidade e a sinceridade foi tal que não nos importámos. E não nos enganámos no nosso palpite. Realmente, dentro da sua atitude swinger eram bastante bons e tinham realmente sabido merecer o nosso consentimento. Quer ele, quer ela, eram bastante quentes, bem sensuais e sabiam o que estavam a fazer. Não eram iniciantes.

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Estava já muito pouca gente na sauna e acabámos por nos vir embora. Uma muito boa experiência mais uma vez.
Regressámos ao apartamento.

Uma Orgia na Varanda

Penso que fui tomar banho e quando cheguei à varanda, o JohnyBoy estava a combinar com os vizinhos dos 3 apartamentos do lado comemorarmos a última noite nossa e do casal italiano em Cap. Todos colaborávamos com qualquer coisa e fazíamos uma pequena festa entre todos.
A nós sobrava alguma bebida, fruta, uns snacks, pouca coisa. Aos outros também sobrava qualquer coisa. Tudo junto dava com certeza para não ficarmos com fome.
Estávamos nós os dois, os dois irmãos franceses singles do apartamento a seguir, o casal de italianos do seguinte e os franceses do quarto apartamento. Chegou ainda mais uns amigos dos dois franceses, pensámos nós que eram um casal.
Mas desta mistura de nacionalidades, os dois irmãos franceses eram singles e desde há 3 anos que economizam todo o ano para poder passar quinze dias em Cap. Como homens singles, não conseguem entrar na maioria dos clubes, a menos que encontrem alguma mulher que lhes faça companhia. Com o físico que ambos tinham, por vezes conseguem entrar sozinhos, mas não é fácil.
A italiana, muito agradável, estava com o marido pela primeira vez em Cap e estava desolada com a aproximação da partida.
O casal de franceses são proprietários do apartamento desde há alguns anos, mas não são verdadeiros swingers.
O outro casal de amigos que chegou entretanto eram dois alemães. Afinal não era casal, mas o pai e a filha. Ela tinha 18 anos e desde bebé que vem para Cap. Com os pais no início e agora apenas com o pai. Pareceu-nos à partida algo estranho um pai trazer uma filha para este ambiente e acompanharem-se um ao outro, mas verificámos que a relação entre ambos é muito aberta, muito tranquila, muito clara. Entre eles nada se passa, um não interfere com o outro, nem se aproximam quando o outro está envolvido. À luz da nossa mentalidade normalmente fechada, em que os pais não falam quase de sexo com os filhos, que é um tema tabu, isto é muito anormal, mas ao colocarmo-nos na mentalidade nórdica, com o tipo de educação liberal, tudo se torna natural. Acabamos por compreender que a filha acompanhada pelo pai está aqui bem melhor que se viesse sozinha. Acabaram por se revelar dois bons companheiros nesta noite memorável.
Feitas as contas éramos 3 mulheres, porque a francesa não interveio, com 6 homens. Tínhamos muito que trabalhar para os satisfazer neste ambiente de sexo. Reunimo-nos na varanda dos irmãos franceses, porque era uma das maiores e também porque estava no meio. Apenas o casal francês ficou fora da varanda. Estava calor e como quase sempre àquela hora tínhamos começado a vestirmo-nos para sair à noite. Ainda ninguém tinha terminado de se arranjar, mas estávamos prontos para a nossa festa de despedida.
Comemos qualquer coisa, bebemos bem mais. Bebi demais nessa noite para os meus hábitos, não estava bêbada mas já não estava em condições de conduzir se fosse preciso. Mas estávamos em Cap e o carro estava quieto e sossegado, sem nos fazer falta. Comecei a trocar olhares e carícias com o irmão mais velho, mas ele estava de olho na alemã, não fazia diferença, eles eram seis. A italiana sentou-se no muro de separação das varandas. De um dos lados ficaram dois dos homens, do outro três. Enquanto uns a agarravam, outros faziam um minete, outros mamavam e acariciavam-na. A alemã entrou também no esquema. O pai veio ter comigo e o irmão francês mais novo também. Começámos a foder, em plena varanda, despi o francês, o alemão ficou um pouco na retaguarda, a observar, na altura não percebi o motivo, mas ele existia como viemos a perceber mais tarde. Fiz um broche a um. Fiz o mesmo ao outro.

(esta parte terá de ler no livro.... Publicação em Março 2016)

Devemos ter adormecido logo de seguida, estávamos muito cansados.
Tinha sido uma semana muito intensa de muito esforço físico, por muito que possam não acreditar. Fazer sexo desta forma e esta quantidade de vezes num tão curto período de tempo exige muito do nosso corpo e da nossa mente. Algo completamente diferente da nossa habitual actividade, mas que exactamente por isso permite que se consiga suportar sem que haja qualquer cansaço aparente. É simplesmente físico, adrenalina e libido, Em quantidades inacreditáveis. È possivelmente esse o motivo que faz com que no final destes poucos dias de férias tenhamos ficado com a sensação de termos estado isolados de todo o mundo durante muito tempo.

A viagem de Regresso

Levantámo-nos relativamente cedo, já não íamos a nenhum lado em Cap, restava-nos a viagem de regresso.
Primeiro tínhamos de tomar banho, fazer as malas e limpar o apartamento. Pela primeira vez numa semana tive de pensar o que teria de levar vestido. Sim, porque nas nossas saídas nocturnas em Cap, tinha de pensar mais no que levava despido, dada a escassez de peças e a sua dimensão usadas de cada vez. Tanga quase nunca, soutien raramente, saia só se fosse bem curta, calças e calções nem pensar, t-shirt ou qualquer coisa do género só se fosse para combinar com o quase nada resto que levava.

(esta parte terá de ler no livro) 

Tirei uma última foto ao meu paraíso dos últimos dias.
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Entrámos para o carro e começámos a nossa viagem de regresso.
No caminho, ainda perto do resort tirei algumas fotos para poder mostrar à família, mas que saíram tão mal que nunca as cheguei a mostrar.

O regresso


Regressámos, quase calados. Desta vez eu já não tinha perguntas a fazer, precisava mesmo de interiorizar as cenas a que tinha assistido na praia, todo o ambiente, o calor, os corpos suados, os olhares subtis, o respeito pela individualidade de cada um, eram demasiadas coisas para tão poucas horas. Nem nos meus deuses eu conseguia pensar. Têm que lá estar muitos e bons. Falámos que quem lá tinha de estar era pelo menos o Baco, deus romano do vinho e o seu equivalente grego, Dionísio, bem bonacheirão, bem divertido, sempre pronto para uma farra.

Afrodite também lá estava seguramente.

E o deus que eu mais venerava, que eu mais estudei Amon-Ra, o deus dos deuses